domingo, 27 de março de 2011

Um braço tatuado

Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar, caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá. Pode ser cruel a eternidade. Mas eu ando em frente por sentir vontade. Saudade.”

Um braço tatuado Nuestra Señora de Guadalupe, reconheço no braço direito, uma senhora do céu, olhos misteriosos, lembro-me de sua lenda, além de florescer montanhas semidesérticas, agracia meu coração com alegria. Tão desejada alegria, a tal doce cobiçada não vista, mas presente, sempre ao lado, me acolhe enfim.

Um ar misterioso, uma singela demonstração de proteção, histórias, muitas histórias de quem já viveu? Ou de um imaturo com imaginação fértil? - O observo de longe -Esses questionamentos realmente são importantes – Me questiono. Acredito que não, no momento ainda vislumbro sua imagem tatuada em meus pensamentos. Um reflexo do que sou ou que fui – apenas um reflexo como um manto indígena incompreendido.

A partir daquele dia, quinta não sábado, tudo se tornou mágico, pois justamente escorpião encontrou-se com capricórnio em Conjunção, quando dois ou mais planetas se alojam numa casa. Nesse caso capricórnio é: Observador, birrento e implicante. Enquanto escorpião: Quero ser diferente, quero ser cult, quero ser alternativo estranho.

Fraternidade e igualdade, talvez, movimento propulsor de ideologias. Já gostei mais, confesso. Fraternidade – Destrincho – Harmonia. Harmonia, que vago penso. Vejo também Igualdade marcado sobre a pele. Igualdade? Clichê - Concluo.

Nossa Senhora de Guardalupe tatuou sua lembrança em um pano velho, talvez sujo, e se foi.

(...)

Olhando meus rascunhos.

Primeira frase: "Como você sabe, eu tenho um livro de versos como todo brasileiro digno e de óculos." Frase de drummond.

É fantástico quando eu posso, apenas, voltar umas paginas e perceber o quanto escrevi sobre pessoas que conheci, sobre significados de nomes, anotando frases, tentando pertencer a essas vidas, até mesmo desejos que gostaria de torna-los reais, para fazer essas pessoas um pouco mais doces, felizes.

Isso me mantem vivo, me atiça, aguça minha sensibilidade, que tanto me queixo. No meu livro eu fujo da realidade, me escondo, sou apenas eu.

-Sozinho. Mas, Eu. Não há presunção humana, competição, não vale de tudo. Não mesmo! São apenas palavras, algumas soltas, talvez sem sentido. - Ensejo. Apenas ensejo, e me deparo sorrindo para mim mesmo. Ensejo é a palavra. Repito.

Um comentário:

Lívia disse...

Para de chorar e aceita este comentário.
KKK'
Seu blog interessou-me; passo a segui-lo.
Um beijo.